OS BANCOS DIGITAIS já nascem totalmente imersos na tecnologia. Portanto, em um momento como o atual, em que as pessoas precisam ficar em casa, fica mais evidente o papel dessas empresas na resolução de problemas do dia a dia. Esse é o caso do banco digio, que nasceu como nome do cartão de crédito oferecido pelo antigo banco CBSS e se tornou uma plataforma digital de serviços financeiros, controlada por Bradesco e Banco do Brasil.
O banco, que já oferece um aplicativo com diferentes serviços para os clientes, ampliou o seu leque de opções de contato após o início da quarentena. Uma das novidades foi a criação de um canal no WhatsApp para negociar o pagamento das faturas de cartão de crédito que estão em atraso. “A solução foi muito bem aceita. Por ser totalmente on-line, o cliente não se sente constrangido em falar sobre as suas dívidas e, por consequência, acaba negociando”, explica Carlos Giovane Neves, CEO do digio.
Como muitos brasileiros ficaram sem renda e estão com dificuldades para honrar os compromissos financeiros, o digio também decidiu facilitar a liquidação das dívidas. Até o mês de junho, os juros cobrados para o parcelamento da fatura do cartão de crédito foram reduzidos de 7,90% para 4,90% ao mês, e o prazo para quitar o débito foi ampliado para 24 vezes. “O efeito proporcionado pelo novo canal, aliado a novas condições de pagamento, permitiu que a inadimplência do banco não se deteriorasse”, explica Giovane.

Outra novidade é que os clientes do banco já podem usar o QR Code parar sacar dinheiro da digioConta – sua conta digital – nos terminais eletrônicos 24 horas e comprar produtos com o cartão de crédito em estabelecimentos que tenham maquininhas da Cielo. Para usar a tecnologia, é preciso instalar o aplicativo do banco no celular. Toda vez que fizer uma operação, o cliente deverá escanear o código que será gerado automaticamente pelo app para confirmar a transação.
Nesse caso, além de não ser necessário usar o cartão físico, o consumidor evita o contato com os equipamentos – o que diminui as chances de contaminação e a propagação do novo coronavírus. No caso das compras, há ainda outra opção: efetuar o pagamento por aproximação do cartão por meio da tecnologia chamada NFC (Near Field Communication).
O digio tem oferecido mais cada vez mais serviços dentro de seu aplicativo. Agora, os clientes podem pagar boletos de outros bancos, além de fazer recargas de celular, saques e transferir dinheiro. Nos próximos meses mais novidades: portabilidade de salário e remuneração do saldo em conta. Até o fim do ano, também serão disponibilizados na conta digital produtos de investimentos oferecidos pelos sócios do Bradesco e Banco do Brasil. “A ideia é que o cliente possa resolver a vida dele em uma única plataforma, até porque não é todo mundo que tem à disposição um celular com memória para ter diversos aplicativos instalados. É a experiência que chamamos de bantech, que junta a solidez, a governança e a segurança dos grandes bancos com a agilidade e a tecnologia das fintechs”, explica o executivo.
Atualmente, a maior parte dos clientes do digio tem entre 21 e 35 anos, porém a expectativa é ampliar a faixa etária. “A experiência digital começa com os mais jovens. Ao ter uma boa experiência, eles acabam recomendando o serviço para a família e, assim, mais gente é atraída para os meios digitais.” O banco, que tem hoje 1,6 milhão de clientes e R$ 2,3 bilhões em ativos, registrou, no ano passado, lucro líquido de 7,5 milhões. Na pandemia, a demanda pelo cartão de crédito cresceu 20% – em junho, foram registrados 900 mil pedidos. E o objetivo é crescer ainda mais. “O digio vem trabalhando para se tornar uma das maiores e melhores plataformas de serviços financeiros do Brasil. Por conta disso, estamos buscando soluções focadas no autosserviço, para que o cliente tenha a facilidade de resolver as suas demandas de forma independente”, conclui o CEO.