Inovar no Brasil: um ato de valentia
Avaliar a inovação no Brasil é um desafio de perspectivas múltiplas. As empresas brasileiras, verdadeiras sobreviventes a marés políticas e econômicas e historicamente malrespaldadas pelos nossos frágeis e defasados pilares legais, já têm de desdobrar esforços para produzir dentro dos processos tradicionais, estabelecidos, testados e comprovados. O “sair da caixa” para companhias brasileiras, que precisam desenvolver profissionais oriundos de um sistema educacional destruído, competir com entraves estatais e se submeter às regras de mercado impostas globalmente pelas big techs é um ato de coragem em escala heroica.
Sabíamos que acompanhar a luta das empresas para inovarem seus processos não seria suficiente para propormos um prêmio dedicado a valorizar e a divulgar iniciativas verdadeiramente transformadoras, que chega agora à sua quarta edição. Foi preciso muita pesquisa, investimento em parametrização e consolidação de parcerias dentro e fora do País para desenhar esse ranking anual, que é, antes de tudo, homenagem à ousadia, à criatividade e à coragem dos atores verdadeiramente disruptivos do mercado nacional, que tiveram de deixar de lado o medo de errar em um cenário em que não há quase espaço para erro.
Os filtros são cuidadosamente costurados com parceiros, internacionalmente reconhecidos como os maiores conhecedores de inovação. A escolha das cem mais inovadoras do Prêmio Whow! de Inovação, ainda assim, não é desprovida de dor. Mas nos coloca, a cada ano, diante de transformações profundas, efetivas e muitas vezes inimagináveis das reinvenções das companhias, que a cada ciclo vêm tornando suas revoluções internas mais visíveis – e sensíveis – ao consumidor. É o nosso conhecimento e pesquisa que colocamos a serviço do mais que merecido reconhecimento desses agentes de mudanças quase sempre de alto risco, que, com empenho hercúleo, aplicam a criatividade brasileira ao crescimento econômico e social.
Boa leitura.
EDITORA INTERINA