O QUE FALTA É PERSONALIDADE
POR ROBERTO MEIR
O que justifica, em parte, o comportamento de muitos jovens? O que eles aprenderam com os seus antecessores, os Baby Boomers e os “Xs”; grandes responsáveis por construir gerações acostumadas a gratificações instantâneas. Culpados por trabalhar fora, muitos acabaram recompensando os filhos dando a eles acesso ilimitado a TVs, tablets, smartphones, e muita, mas muita proteção. Não à toa, ganharam os Estados Unidos a alcunha de “helicopter parents” (pais helicópteros), que ficam sobrevoando suas crias para que nada de mal lhes aconteça e para poupá-las de qualquer aborrecimento. O resultado disso se reflete não só no ambiente de trabalho, já que muitos não sabem ser contrariados, como na insensatez de achar que irão mudar o mundo, mesmo sem saber sequer por onde começar. A bem da verdade é que estamos diante de uma geração que vegeta e passa boa parte do tempo preocupada em disseminar teorias da conspiração. Uma geração ansiosa, depressiva e que, a todo o tempo, necessita da aprovação alheia – e de likes, aplausos, curtidas, amigos virtuais e feedbacks positivos – para ser feliz.
Somado a isso, acreditam que qualquer ideia é uma ideia genial, ainda que ela não tenha sequer saído do papel. Na busca pelo pote dourado vale qualquer coisa. Qualquer projeto hoje é vendido como uma startup. Mas ganhar dinheiro requer esforço. O trabalho, sim, traz recompensa. Mas convencê-los disso não é uma tarefa simples. Afinal, estamos diante de jovens ativistas e hedonistas. Estamos diante da polarização. Estamos diante da intolerância e de argumentos sem face, acobertados por uma tela, e que só provam o quanto vivemos em um mundo cada vez mais bipolar, violento, inseguro e incerto.
“De tênis, calça jeans e camiseta preta, os líderes do Vale do Silício pregam a economia compartilhada e o lucro consciente com bilhões de dólares nos bolsos”
O que justifica, em parte, o comportamento de muitos jovens? O que eles aprenderam com os seus antecessores, os Baby Boomers e os “Xs”; grandes responsáveis por construir gerações acostumadas a gratificações instantâneas. Culpados por trabalhar fora, muitos acabaram recompensando os filhos dando a eles acesso ilimitado a TVs, tablets, smartphones, e muita, mas muita proteção. Não à toa, ganharam os Estados Unidos a alcunha de “helicopter parents” (pais helicópteros), que ficam sobrevoando suas crias para que nada de mal lhes aconteça e para poupá-las de qualquer aborrecimento. O resultado disso se reflete não só no ambiente de trabalho, já que muitos não sabem ser contrariados, como na insensatez de achar que irão mudar o mundo, mesmo sem saber sequer por onde começar. A bem da verdade é que estamos diante de uma geração que vegeta e passa boa parte do tempo preocupada em disseminar teorias da conspiração. Uma geração ansiosa, depressiva e que, a todo o tempo, necessita da aprovação alheia – e de likes, aplausos, curtidas, amigos virtuais e feedbacks positivos – para ser feliz.
Somado a isso, acreditam que qualquer ideia é uma ideia genial, ainda que ela não tenha sequer saído do papel. Na busca pelo pote dourado vale qualquer coisa. Qualquer projeto hoje é vendido como uma startup. Mas ganhar dinheiro requer esforço. O trabalho, sim, traz recompensa. Mas convencê-los disso não é uma tarefa simples. Afinal, estamos diante de jovens ativistas e hedonistas. Estamos diante da polarização. Estamos diante da intolerância e de argumentos sem face, acobertados por uma tela, e que só provam o quanto vivemos em um mundo cada vez mais bipolar, violento, inseguro e incerto.