MICHAEL CONRAD
Presidente da Berlin School of Creative Leadership
O QUE LEVAR DA EDIÇÃO 2019 DO
FESTIVAL INTERNACIONAL DE
CRIATIVIDADE CANNES LIONS
O QUE LEVAR DA EDIÇÃO 2019 DO
FESTIVAL INTERNACIONAL DE
CRIATIVIDADE CANNES LIONS
MICHAEL CONRAD
Presidente da Berlin School
of Creative Leadership
MICHAEL CONRAD
Presidente da Berlin School
of Creative Leadership
“As marcas mais faladas de 2019 eram aquelas que vão fundo em seu propósito e o defendem bravamente”
O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions é o momento de celebrar os melhores trabalhos criativos do mundo, descobrir tendências em comunicação e tecnologia e entender melhor o que os consumidores realmente querem das marcas que eles amam, defendem ou são contrários. É também uma chance de ter olhar crítico a respeito de como a indústria é liderada.
Nosso programa de nove dias em Cannes, o Cannes Creative Leaders Programme, explorou todo o potencial do tema Experiência de Marca, desde como as marcas são estruturadas até como elas representam e reagem a mudanças sociais e falam com seu público. Entre a sala de aula e as celebrações à beira-mar, nós absorvemos uma infinidade de insights, incluindo as incongruências entre o que as marcas dizem e o que realmente fazem. Seguem aqui as três principais ideias para levar do evento deste ano:
Festival versus Realidade
Propósito de Marca foi a expressão-chave em Cannes este ano, com notáveis projetos de cunho social, como a campanha “Dream Crazy”, da Nike. As marcas mais faladas de 2019 eram aquelas que vão fundo em seu propósito e o defendem bravamente. Ao mesmo tempo, o Festival descortina discrepâncias entre discurso e prática, como nas “praias” das grandes marcas. Agora que o Festival acabou e a indústria volta à sua rotina, a questão que fica para líderes criativos é onde focar, priorizar e promover mudanças.
Recalibrando a Ordem do Mundo Real
Dados e responsabilidade andaram de mãos dadas no Festival de Cannes deste ano, já que os participantes debateram a postura ética de marcas em ascensão. Recentemente, vimos a violação dos dados dos consumidores como nunca antes por organizações como Facebook e Google – empresas com as quais marcas e consumidores interagem todos os dias. Na Europa, muitas companhias enfrentaram bilhões em multas por violar medidas anticompetitivas, a confiança do consumidor e a privacidade de dados. Esse debate é político, de marca, consumo e social e deve ser abraçado por todos nós, com serenidade e foco.
As marcas que não centrarem suas estratégias, as jornadas do consumidor e o ímpeto criativo, respeitando este contexto, estarão certamente sob escrutínio público.
A Ásia como a Próxima Voz na Inovação Criativa
Outra realidade é o crescimento da voz asiática e sua representatividade. Na comunicação, na inovação e na liderança, a perspectiva da Ásia se tornou crítica e transgressora, com nomes como Bessie Lee e Marie Kondo dominando os palcos, e marcas como Samsung e Tencent liderando os debates sobre tecnologia e gastos de luxo. É um sinal de uma representação mais saudável e um aceno à frente daqueles que lideram o futuro, no passo acelerado em que o mercado asiático cresce.
No geral, advogo que o Cannes Lions é, cada vez mais, a celebração em parceria com a ação; “prêmios e mais mobilização” para uma indústria criativa que quer reexaminar seu impacto no mundo. É um ótimo começo, embora ainda exista um longo caminho a percorrer. Nós, da Berlin School, estamos orgulhosos de empoderar os Líderes Criativos que já estão conduzindo essas mudanças. Sigamos em frente!
“As marcas mais faladas de 2019 eram aquelas que vão fundo em seu propósito e o defendem bravamente”