O QUE O FUTURO ESPERA DE VOCÊ?
POR DIMAS RIBEIRO
Descrita como uma otimista nata, Nancy Giordano é reconhecida como uma das principais futuristas do mundo. Visionária, ela já deu consultoria para grandes companhias, como Coca-Cola e Nestlé, ajudou a criar um software de Inteligência Artificial (IA), projetou uma cúpula de liderança para incentivar os executivos de alto escalão a explorar com confiança sete das tecnologias emergentes mais disruptivas da atualidade e, agora, trabalha em colaboração com uma das primeiras empresas de IA do mundo: a Kungfu.AI. É também CEO, ao lado daqueles que chama de PYNKrs (pessoas que você precisa conhecer), da Play Big, uma companhia focada em inovação estratégica que ensina líderes a serem bem-sucedidos em uma sociedade em rápida transformação. Nosso encontro com Nancy aconteceu durante a 19ª Convenção ABF do Franchising na Ilha de Comandatuba, na Bahia. Por lá, ela se dizia feliz de ter feito uma viagem de 26 horas com a missão de encher mentes de informações relevantes. A seguir, alguns dos ensinamentos da futurista:
CM – QUAL É O PAPEL DE UMA FUTURISTA ESTRATÉGICA?
Nancy Giordano – Eu passei muito tempo estudando o futuro. Então, me descrevo como uma futurista estratégica. Eu não prevejo o futuro, mas tento ajudar organizações e líderes a construir o futuro. Esse é o espírito que levo aos lugares. Quero ajudar as pessoas a navegar pela revolução. Com uma sociedade que mudará mais nos próximos 5 anos do que nos últimos 300, nós futuristas não sabemos se estamos totalmente corretos, mas precisamos nos preparar para reaprender constantemente.
CM – QUAL É A PRINCIPAL LIÇÃO QUE APRENDEU AO TRABALHAR NA CONSTRUÇÃO DE UMA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL?
NG — Destaco a importância da diversidade. Você não pode ter apenas um gênero ou um grupo racial para dar vida a essa tecnologia, pois, dessa forma, você cria muitos pontos cegos. É importante questionar isso e trazer para si pessoas diferentes. Elas são muito úteis nesse processo, ao passo que trazem expertises e experiências que o outro não tem.
CM – COMO NÓS PODEMOS AJUDAR A FORMAR ESSE NOVO MUNDO?
NG — Jogue alto (risos). Brincadeira! Eu acho que tudo é uma questão de liderança e não de assumir um lugar de “sabe tudo”. É preciso ter a mente aberta, fluida, horizontal, inclusiva, altruísta e cheia de compaixão. Dessa forma, podemos construir tudo o que desejamos. O futuro pode ser agora; somos nós que o fazemos – e como queremos. Por que esperar por alguém para fazer isso? Por essas e outras razões, ter compaixão e empatia é fundamental para construir novas tecnologias.