BILL FISCHER
Professor de gerenciamento de inovação do IMD
ORGANIZANDO EXPERTISE E EXPERIÊNCIA
PARA CRIAR RESULTADOS
ORGANIZANDO EXPERTISE E EXPERIÊNCIA
PARA CRIAR RESULTADOS
BILL FISCHER
Professor de gerenciamento de inovação do IMD
BILL FISCHER
Professor de gerenciamento de inovação do IMD
“Você é a soma das cinco pessoas com as quais você mais passa tempo”
Há um ditado no Vale do Silício, creditado a Jim Rohn: “Você é a soma das cinco pessoas com as quais você mais passa tempo”. A maneira à qual eu penso sobre isso é que as ideias são formadas por conversas, e que as pessoas com as quais você normalmente se associa são grandes responsáveis, arquitetas das suas ideias, simplesmente pela proximidade e frequência com que elas interagem com você.
A razão pela qual eu menciono isso é porque essas mesmas conversas são responsáveis pela performance organizacional em volta da expertise e da experiência, com a presunção de trabalho, sendo a de que o equilíbrio entre as duas pode levar a resultados vastamente diferentes, e as organizações que mais entregam isso vão ser as que mais terão diferentes arquiteturas conversacionais.
Me deixe ilustrar com o recente caso de um amigo próximo que foi tratado em uma clínica maravilhosa, na qual a reabilitação pós-cirúrgica foi a primeira e a única prioridade: A experiência era tudo o que poderia se esperançar e, mais, os “grupos conversacionais” que foram observados eram pequenos, aplicados e diversos. Dependendo dos requerimentos de reabilitação, os times em ação eram repletos de fisioterapeutas, enfermeiras e, ocasionalmente, massagistas. Enquanto claramente havia uma aproximação de um cronograma central em algum dos bastidores, as interações com esses grupos conversacionais eram informais, geralmente iniciadas pelos clientes, com um alto nível de compartilhamento de ideias e improvisação, tudo isso com o fim de atingir uma melhor experiência do consumidor no momento.
Na semana seguinte, por coincidência, o mesmo amigo passou quatro dias em um hospital universitário local. Enquanto o departamento de emergências trabalhava em um esquema parecido ao da clínica, pelo menos em termos de trabalho grupal, informalidade e improviso, o que veio depois, uma vez que o paciente era levado a uma enfermaria de tratamentos clássicos, tudo era completamente diferente. Aqui, a expertise era rainha suprema. A classificação era reconhecida em todos os lugares, e os grupos conversacionais eram quase todos homogêneos: médicos caminhavam pela enfermaria com outros médicos, enfermeiras com enfermeiras e os fisioterapeutas sempre em pares. As diferenças entre as duas não poderiam ser maiores.
O que estávamos vendo na clínica de reabilitação era uma organização puramente focada no consumidor, em que tudo é centrado em volta do paciente e em que os times e as suas conversas eram construídas para estarem aptas a responder de forma rápida com um benefício completo, uma experiência diversa. De qualquer forma, o que quer que seja, eles já haviam visto antes; o mesmo acontecia com entradas de emergência. Já, por outro lado, nas enfermarias clássicas havia dois tipos de consumidor: os pacientes esperando por soluções e médicos estudantes esfomeados por conhecimento profundo de disciplina. Sempre havia um compromisso com quais tipos de conversa eram mais úteis e para quais clientes serviam.
Todos nós estamos inseridos em arquiteturas conversacionais semelhantes; algumas são funcionais, em que uma profunda expertise é necessária, e outras são multifuncionais, em que remédios de solução rápida são vendidos para clientes em particular. Alguns de nós estamos em matrizes, as quais usualmente comprometem refinar múltiplos objetivos ou em que há falta de propósitos claros. Grandes, bem-sucedidas e maduras empresas podem atribuir sua esclerose a uma falta de vitalidade conversacional, enquanto startups geram uma energia abundante de times pequenos esbanjando informalidade, envolvimento em primeira mão e até uma falta de expertise. Onde quer que você olhe, as conversas estão se iniciando. É importante que você reflita o porquê e como.
“Você é a soma das cinco pessoas com as quais você mais passa tempo”