
CEO DO GRUPO Plusoft
Solemar Andrade
Quando a tecnologia abre espaço para o fator humano
O ANO DE 2020 REVELOU UMA FACETA importante da sociedade: pessoas são, mais do nunca, vitais em um mundo cada vez mais pautado por inovações e tecnologias. Não faz muito tempo, as discussões sobre se as máquinas substituíram o ser humano dominaram conversas de negócios e causaram furor nos profissionais. Pouco a pouco, o mercado entendeu que a carta na manga do humano, contudo, é o fato de ele ser exatamente isso… humano.
Essa é a diretriz da Sociedade 5.0, que parte do princípio de que talentos humanos precisam não só ser desenvolvidos, para acompanhar a disrupção tecnológica, mas devem estar no centro da criação das tecnologias.
O setor de tecnologia geralmente sugere organizações mais frias, com cada vez menos contato humano e mais automações. No entanto, nos últimos meses, esse quadro ganhou novos contornos. No ano em que vivemos uma pandemia, vidas foram perdidas e incertezas tomaram conta das rotinas pessoais e profissionais. Na tríade pessoas, processos e negócios, o fator pessoas foi, mais do nunca, vital. Clientes e, sobretudo, colaboradores são o cerne de todo e qualquer negócio. Sem esses dois importantes protagonistas, a tecnologia, por si só, não gera resultados.
Daqui para a frente, fica claro que precisamos fortalecer a visão de Human Experience (HX) e a criação de relacionamentos e experiências mais humanas. Esse é um passo importante no conceito de Customer Experience (CX). Passamos, assim, a enxergar a CX como HX, e entender que estamos falando com pessoas. Focar as relações e não mais as transações, mirar experiências e não ferramentas.
Meu papel como líder é trabalhar diariamente para impulsionar pessoas. Escutar, discutir, propor e caminhar com colaboradores e clientes, transformando desafios nas melhores experiências. Esse é o verdadeiro sentido do que chamo de People Technology, a nova onda da já batida transformação digital.